Desde que se rendeu à rotina fitness, em 2013, Kelly Key sempre chama atenção quando exibe o corpo sarado. No entanto, a estrela já esteve envolvida em polêmica quando admitiu ter feito uso de um anabolizante. Tudo aconteceu em julho de 2022, quando ela decidiu rebater comentários de haters sobre sua forma física.
Em uma postagem nas redes sociais, Kelly escreveu: "'Ela é assim porque fez lipo', 'Ela com certeza toma bomba', 'Ela consegue porque isso', 'Porque aquilo'... Meu c*. Sabe porque eu consigo? Tenho principalmente foco e muita disciplina. Porque é muito difícil mesmo. Independentemente dos atalhos, sem isso você não vai a lugar nenhum".
Com a repercussão das declarações, Guga Figueiredo, profissional de Educação Física, fez uma análise da evolução do corpo da estrela ao longo dos anos. Ele destacou o fato de o braço da cantora nem sempre estar tão sarado quanto a barriga, o que poderia indicar uma "forcinha" extra neste processo. Ele também observou fotos da artista em 2019, quando os membros superiores estavam bem fortes, algo que não era recorrente na trajetória fitness da famosa.
Kelly respondeu à análise, confirmando as observações de Guga. "Menino, você é muito 'brabo' nessas avaliações. Eu, de fato, sempre tive o abdome bem seco, e ele é sempre o que seca mais rápido quando estou com a dieta. O braço é meu oposto. Porque ele é o último a ir para o lugar", explicou.
Foi nesse contexto que Kelly admitiu já ter feito o uso de um anabolizante. "E na altura que eu estava mais 'braba', estava usando o oxa, sim. Depois sempre tive medo de alteração de voz, e não gosto do vai e vem, como você observou no meu shape", completou a intérprete.
O "oxa" mencionado por Kelly Key é o oxandrolona, um esteroide hormonal, derivado da testosterona, indicado para o tratamento de hepatite alcoólica, má nutrição calórica proteica moderada e falha no crescimento físico. O composto tem propriedades anabolizantes e androgênicas.
Em entrevista ao site Minha Vida, o doutor Ricardo Lopes Barroso, endocrinologista e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional São Paulo (SBEM-SP), listou os possíveis efeitos colaterais no uso de oxandrolona em altas doses para mulheres.
"As mulheres podem desenvolver acne, queda de cabelo, oleosidade, virilização das partes íntimas, como o aumento do clitóris e mudanças na feição do rosto, na distribuição de gordura facial, resultando em um rosto mais masculinizado", explica Ricardo. "Há, também, efeitos na hemoglobina do sangue, que pode causar algumas alterações no fígado, com aumento de enzimas hepáticas e algumas lesões. Então, a medicação precisa ser utilizada com cautela e sob a indicação correta", completa.